PELO TEJO VAI-SE PARA O MUNDO .
PARA ALÉM DO TEJO HÁ A AMÉRICA .
E A FORTUNA DAQUELES QUE A ENCONTRAM .
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Este blog deve o seu nome a uma citação de Fernando Pessoa. Seria inevitável que me surgisse de imediato este conhecido poema do seu heterónimo Alberto Caeiro, ao fazer um post sobre o Tejo e a sua ponte:
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
O rio e a cidade, vistos do pilar 7 da Ponte 25 de Abril, são de facto muito belos, como pode vislumbrar-se por algumas das fotografias que aí fizemos, neste fim de semana de junho.
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Sala de amarração de um dos cabos principais
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