16/02/2020

DOMINGO EM LISBOA

Basta um curto passeio pela baixa da cidade para confirmar como ela mudou nos últimos anos. Para melhor em muitos aspetos, a provocar-nos no entanto alguma nostalgia, quando vemos desaparecidos lugares que marcaram a história da cidade, nomeadamente as lojas de comércio tradicional agora fechadas.
A Rua dos Correeiros é uma daquelas em que os restaurantes igualmente tradicionais deram lugar a outras ofertas, mais ao putativo gosto da massa  turística que tomou conta desta zona da cidade. Nem todos, porém. O 'João do Grão', que se diz centenário, mantém a popular oferta de pratos de bacalhau, entre outros.
E foi lá que neste domingo comemos a primeira lampreia da época. Bem confecionada, com a quantidade certa de vinagre, num arroz que ficaria ainda mais saboroso se fosse carolino, e acompanhada com o indispensável verde tinto. Dispensáveis apenas as fatias de pão frito colocadas no cimo do tacho de arroz...
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09/02/2020

DA AMIZADE

Neste sábado consegui reunir num jantar em casa um grupo de amigas e amigos de que andava arredada há bastante tempo, mas de quem tinha saudades.
Uma salada de quinoa com espinafres e cogumelos e outra de bacalhau com feijão frade foram as entradas escolhidas e o prato principal, um estufado de javali servido com a polenta confecionada pelo L, um puré de ervilhas com hortelã e sauerkraut. 
Tudo acompanhado de muitas recordações comuns, conversa solta e bons vinhos, a demonstrar mais uma vez, como terá dito Zenão de Eleia, que "um amigo é um outro eu". 
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02/02/2020

S. PEDRO DE MOEL

Há quase 40 anos que eu não ia a S. Pedro de Moel, vila em que os meus pais passaram algumas férias de verão, levando também a minha filha.
O regresso neste sábado, indo nós diretamente de Lisboa e voltando depois para Santa Cruz, onde passámos o resto do fim de semana, foi, por isso, mas não só, uma viagem no tempo.
Depois de uma busca na net, escolhemos almoçar no 'Brisamar', por ser o restaurante mais recomendado. E também porque assim era aconselhado, marcámos mesa. Ao chegarmos, porém, encontrámos uma sala completamente vazia, onde fomos recebidos com simpatia e uma certa formalidade. O restaurante, que existe desde a década de 70 com os mesmos donos, parece saído diretamente dos anos 50. Com um certo ar démodé, mas agradável e confortável, como pode ver-se pela fotografia.
Da refeição, composta pelas entradas da casa e por um arroz de marisco, tudo confecionado pela dona do restaurante, há que destacar as entradas: uma de queijo em massa filo e outra de massa folhada com recheio de marisco. Quando voltarmos, teremos que provar a cataplana, o prato mais elogiado do restaurante.
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