05/05/2020

COMER BIEN ALIMENTA EL ALMA

[Ferrán Adrià, no seu livro 'La comida de la familia']              .
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Ou o que escrevia o L, num dos dias de confinamento solitário:
«Para mim, a cozinha diária, em particular o pensar e confecionar cada almoço, tem o efeito, e também a importância, de ser a quebra a meio do meu dia de teletrabalho, a pausa (psicologicamente) longe do computador. É o Ersatz da saída até ao restaurante, na normalidade anterior.
Por isso, cada almoço é levado a sério e é um ritual que gosto seja criativo e sem pressa.
Mais tarde, quando “regresso a casa” após o tempo de (tele)trabalho, vou passeando entre divisões, incluindo as varandas com as suas plantas, nalguns dias até assisto ao pôr-do-sol. É o final de mais um “dia útil”... E começo a pensar no jantar. A pensar no que me apetece, também sobre que vinho será a melhor conjugação... E fico demoradamente à mesa, no meu “jantar de príncipes”.
Se assim se pensavam as refeições quando se está sozinho, melhor se fará quando acompanhado. Juntos temos continuado a dar às refeições a atenção devida. Quer na sua planificação, quer na sua execução e partilha.»
Seja a cabeça de cherne cozida, as postas grelhadas, ou o rabo do mesmo assado no forno -este verdadeiramente memorável, que o L sabe tratar o peixe como ninguém- seja a pasta fresca ai funghi porcini, ou a moussaka ao almoço do dia da mãe (acompanhada, à falta de um vinho grego, por um 'Strada-Sangiovese') as refeições que confecionamos têm sido uma das boas coisas destes dias em obrigatório retiro caseiro.
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