16/03/2020

DO DISTANCIAMENTO AO ISOLAMENTO SOCIAL

Fiquei sozinha na Galé, O L foi para Lisboa e ficará a trabalhar lá, que é o lugar em que tem condições para o fazer.
O futuro é incerto, mas por aqui ainda reina a calma e a vida decorre serena, apesar das  alterações obrigatórias.
Destes tempos irei dando conta nos próximos posts.
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Hoje apeteceu-me sopa, daquelas com nabo, couves e outros verdes saudáveis. Tive que ir, portanto, a Melides abastecer-me. A praça estava fechada, fui ao supermercado.
À porta faz-se o controle do número de pessoas que entram. Entregam-me um carrinho que é higienizado à minha frente e apontam-me o frasco de gel desinfetante.
Lá dentro, ao pé da caixa, há marcações no chão para que os clientes saibam a que distância deverão ficar uns dos outros. Devemos ter coincidido apenas umas 6 pessoas dentro do edifício, mas as outras 5 perseguiram-me, juntinhas, ao pé dos legumes e do pão. Fui eu sempre que me afastei, embora fosse a primeira a chegar e as fuzilasse com o olhar (acho que não viram, que eu estava de óculos escuros e não mudei para os outros, porque não aprendi ainda a fazer isso sem mãos).

Os mais idosos da vila continuam sentados nas esplanadas a ver passar os carros e a trocar umas ideias sobre os assuntos.
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1 comentário:

  1. esse aviso da foto, se não fosse tão grande, dava muito jeito para trazer debaixo do braço em certos momentos...

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