REGRESSANDO À COSTA ALENTEJANA

E AO RESTAURANTE 'ARTE E SAL'               .

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Tivemos a companhia da Maggie, na mesa ao lado. E esta foi a primeira vez em Portugal, que estivemos num restaurante que não só aceita a entrada de cães, como os considera bem vindos.

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LISBOA

EM DIA DE ANIVERSÁRIO               .

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Que comemorámos ao almoço no 'Nogueira's'. Teremos que voltar ao jantar a conselho da M, que lá trabalha e que conhecemos desde criança.  Seguimos as suas sugestões e optámos, para partilhar, pelas bolas crocantes de alheira, o  ceviche cítrico de salmão e o black angus new york steak.
Num espaço grande, visualmente agradável, pratos bem confecionados e serviço atencioso.
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NUMA IDA A SANTA CRUZ

Indo até ao Oeste, fomos almoçar ao 'Tribeca' na Serra d'El Rei. Com uma surpreendente decoração inspirada nas antigas cervejarias portuguesas e nas brasseries francesas tradicionais, o Tribeca é um espaço acolhedor, com excelente música ambiente e uma ementa que, para além dos  pratos da cozinha tradicional do Oeste, como os peixinhos da horta, nos apresenta também o bife à Marrare, a empada de perdiz e faisão, o joelho de porco com molho de sementes de mostarda ou o galo em vinho tinto. Decididamente um restaurante a repetir.

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Antes, porém, visitámos no pequeno museu local, a exposição 'Pedro e Inês' e a mostra de rendas de bilros.

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SARAGOÇA

Apesar das inesperadas circunstâncias da viagem, mantivemos a opção de ficar no parque de campismo de Saragoça, embora num bungalow.

Chegámos a horas de ir até ao centro da cidade e escolhemos o bar de tapas 'Los Victorinos' - autênticas tapas, não as patéticas imitações que se impingem (e apreciam) em Lisboa -, após o que fizemos um agradável passeio a pé.
No dia seguinte regressámos a casa, mantendo, no entanto, o espírito de férias, cujo tempo não estava ainda esgotado.

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CARAVANA

2005 - 2019               .

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As viagens são, também, as circunstâncias inesperadas. Tínhamos programado o regresso a Portugal ficando duas noites em Saragoça e duas em Cáceres. Porém, num parque de estacionamento de uma área de serviço, quando chegámos após o almoço, encontrámos a caravana seriamente danificada.
Não houve testemunhas, nem havia câmaras de vigilância. Os danos, provavelmente provocados pelo embate lateral de um pesado numa manobra de recuo mais desastrada, não nos permitiam continuar a viagem com ela por questões de segurança. Ficou em Espanha, mais propriamente na Catalunha, e, após a esvaziarmos do vasto conteúdo acumulado, despedimo-nos de 14 anos de caravanismo, de que recordamos tempos de férias extraordinários.

RIP.
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INSÓLITOS E CURIOSIDADES (10)

MINICASTELO NUMA LAGOA DE PALAVAS-LES-FLOTS               .

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PARAGEM EM PALAVAS-LES-FLOTS

Palavas-les-Flots, nos arredores de Montpellier, lugar de paragem na viagem de ida, foi a povoação que nos pareceu conveniente para descansar uma noite. Encontrámos o camping habitual já encerrado para a época baixa, mas há vários na povoação. Escolhemos outro umas centenas de metros à frente, o  Camping Saint-Maurice. Sítio desolado, cheio de "caravanas" estáticas, nesta época do ano sem ninguém, com serviços de apoio mínimos. Um pouco cansados da viagem, saímos para jantar, num restaurante que tinha sido encontrado pelo L nas suas habituais buscas na net. O 'L'escale', na avenida marginal, que foi mais um ponto alto gastronómico desta nossa viagem.

 

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INICIANDO O REGRESSO

Domingo, 22, foi o dia de partida da Costa Adriática, rumo a Génova, um dos nossos portos de abrigo nas viagens para sul dos Alpes. Quase sempre sob chuva, o que não constitui perturbação para caravanistas de muita estrada.

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INSÓLITOS E CURIOSIDADES (9)

ON THE ROAD               .

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CESENA E MILANO MARITTIMA

Dia 21, sábado véspera do início da grande viagem de regresso, já sem a companhia dos amigos viajantes de aviões e aeroportos, fizemos um périplo menos ambicioso, com breve passeio por ruelas do centro histórico de Cesena, que fascinam pela riqueza cromática.
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Prosseguimos com passeio até Milano Marittima, uma das localidades elegantes de vilegiatura na Costa, com magníficas vivendas enquadradas por pinheiros altos e velhos. Fica perto de Cervia, famosa pela sua grande salina.
Aí, no ‘Sale Grosso’, tivemos um dos pontos altos gastronómicos destas férias.

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FERRARA

No dia 20 fomos a Ferrara. Um regresso para nós, mais um, pois conhecemos a grande cidade do Risorgimento, uma das tantas na Emilia-Romagna, desde há vários anos. Para os nossos amigos foi mais uma descoberta. Porém, não fomos para lá diretamente, antes fizemos uma paragem e visita a um lugar rico de história, a 'Abazzia di Pomposa', com os seus cerca de 14 séculos de existência. Centro monástico cujo interesse artístico se pode centrar na impressionante nave coberta de frescos da 'Basilica di Santa Maria'.

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Em Ferrara, resolvido o sempre estimulante desafio do estacionamento, em parque já familiar, perto do 'Palazzo dei Diamanti', fomos para a zona do 'Castello Estense' e da 'Piazza della Cattedrale' (esta ainda em restauro, num processo que parece interminável).

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GABICCE MONTE

O dia 19 foi pensado como intervalo de cunho ligeiro, sem carga cultural. Viajámos para sul, ao longo da costa adriática, no intuito de irmos acompanhando o Mar. Intuito bom mas frustrante na concretização, pois a estrada costeira vai atravessando um contínuo de povoações de vilegiatura de turismo de massas, medíocres e a libertar raramente a panorâmica marinha.
Terminámos o périplo em Gabicce Monte, primeira povoação da região das Marche, a sul da Emilia–Romagna. O maior interesse reside na fantástica perspetiva para norte, ao longo de quilómetros de costa. Aí almoçámos no 'Al Grottino', após o que demos por terminado o passeio.

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RIMINI e SAN MARINO

Dia 18 dedicado a Rimini, com renovada visita à 'Casa del Chirurgo' e ao 'Museo della Città'. Também passeio pelos jardins do 'Castello Sismondi', que teima em estar fechado quando regressamos numa tentativa de lhe descobrir os interiores. Muito interessante a 'Chiesa di Santa Maria dei Servi', do Séc 14.

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 De Rimini fizemos uma viagem até San Marino, a velha República independente, com cerca de 700 anos de história como corpo sociopolítico, encaramada no cume do Monte Titano.

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RAVENNA

No dia 17, regressámos a Ravenna, nesta vez acompanhados por um grupo de ‘amigos excelentes’.
A todos os lugares fascinantes de história e arte do Exarcato bizantino visitados em 2018 - 'Basilica di San Vitale', 'Mausoleo di Gala Placidia', 'Sant’Apollinare Nuovo', os dois Battisteri, 'degli Ariani' e 'Neoniano' - aditámos o 'Mausoleo di Teodorico', que fascina sobretudo pelo enigma da técnica construtiva, no Séc VI, pelos Ostrogodos, com o monolito que o coroa, de cerca de 230 toneladas, bem como a magnífica 'Sant’Apollinare in Classe', basílica edificada igualmente no Séc VI.

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Merece nota um excelente almoço num lugar muito belo, num edifício do Séc XV, a ‘Ca’ de Vèn’ (Casa del Vino, se diz em italiano, que o nome está em língua romagnola). Com vasta garrafeira, como seria incontornável.

BOLONHA

Dia 16 dedicado a visita a Bolonha, cidade indispensável na Emilia-Romagna e, até este ano, inaceitavelmente, uma "terra ignota", apesar de ficar em caminho entre a "casa" em Génova e a Costa Adriática, na latitude do Rubicão. Vimo-nos livres da viatura na Piazza VIII di Agosto, prosseguindo a pé ao longo da Via dell’Indipendenza, com as suas magníficas arcadas (portici), onde visitámos a 'Chiesa San Pietro', que funciona como igreja catedralícia. De fachada barroca, tem uma nave monumental, além de magníficos óleos de Carracci, Franceschini, e outros.
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Depois, apanhámos um autocarro turístico na Piazza Maggiore, para o conveniente circuito de familiarização com a cidade. Em seguida, andámos a pé pelo ‘centro storico’, centrando a visita na incompleta 'Basilica di San Petronio', de nave imensa, onde Carlos V foi coroado Imperador Romano-Germânico.
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Na Piazza Nettuno, incontornável ver o 'Sacrario dei Partigiani Caduti', com uma tocante métrica da barbárie nazi.
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Concluímos a estada na cidade com um almoço num lugar de bela arquitetura, 'Al Papagallo', restaurante centenário.
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