19/09/2018

DE GÉNOVA PARA A COSTA DO ADRIÁTICO - RAVENNA

De Génova viajámos para  a costa do Adriático, mais precisamente para Savignano a Mare, onde tínhamos programado ficar no camping Rubicone em que já havíamos estado há alguns anos.  Já estava encerrado, pelo que procurámos outro, na mesma terra, e tivemos uma estadia excelente no Happy Camping, numa parcela mesmo ao lado da entrada para a praia, onde, ao fim da tarde passeávamos  e, acordando cedo, eu ia ver o nascer do sol no mar. E todas as manhãs eu tinha a companhia dos pardalitos com quem partilhava o pequeno-almoço.
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RAVENNA               .
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Primeiro dia dedicado à visita a Ravenna: deixámos o carro ao lado da Piazzetta dell’Esarcato e principiámos um longo percurso a pé pela Basilica di San Vitale, fascinante templo de planta octogonal, a conformar um espaço marcado pela verticalidade, com as altas paredes cobertas de mosaicos.
“entrare in San Vitale è una specie di esperienza mistica. San Vitale non si visita, si esperisce: San Vitale si respira; San Vitale si vede; San Vitale si ascolta. San Vitale ti inebria, ti avvolge e ti culla. Uscire da San Vitale non è uscire da una chiesa, è come essere strappati da un grembo materno: occorre chiudere gli occhi, perché la luce acceca (anche se il sole non c’è), le voci assordano (anche se la gente non c’è), il mondo spinge e urta. Al varcare la soglia di San Vitale di nuovo verso l’esterno, ci si sente ristorati nell’anima, consapevoli di essere appena usciti da un luogo unico al mondo.”(Ler integralmente AQUI)
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No chão desta basílica, encontra-se um interessante labirinto que acaba numa concha. Dois símbolos comuns da iconografia cristã, que chamaram a atenção de poetas e artistas de todo o mundo, de Dante a Dario Fo. Klimt  escreveu  que representa um caminho de purificação e que, enquanto se caminha sobre ele, nos sentiremos mais leves. Não comprovámos esse efeito. Aliás, em férias, a leveza de espírito assiste-nos. Levemente...
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Mesmo ao lado, o Mausoleo di Galla Placidia, espaço pequeno ‘iluminado’ pelas cores intensas dos mosaicos, com uma cúpula de estrelas.
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Terceiro templo neste percurso, Basilica di Sant’Apollinare Nuovo, com planta retangular, de longas paredes preenchidas por três níveis de mosaicos.
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O ponto seguinte da visita foi o Túmulo de Dante, simbólico para a cidade, mas de menor interesse estético.
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O quarto templo do percurso foi o Battistero degli Ariani, construído pela corrente herética da Igreja Ortodoxa que se opunha à divindade de Cristo antes do batismo. É um pequeno espaço de planta octogonal, cujo elemento mais importante é o mosaico que preenche toda a cúpula, representando o batismo, com a pomba divina a banhar Cristo na luz que lhe confere a divindade.
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A reação da Igreja Ortodoxa contra aquela heresia incluiu a construção de outro batistério, o Battistero Neoniano, similar na arquitetura e na representação do batismo, em mosaico na cúpula, mas partindo de uma imagem de Cristo já divino ao recebê-lo, por isso retratado nu, na água, como só um deus o poderia ser.
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Resolvemos interromper o périplo para almoçar. Regressámos a uma ruela onde tínhamos passado por um restaurante visualmente atraente, a 'Taberna Boaria'. (*)
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Após o almoço, finalizámos o percurso de visita ao ‘centro storico’ indo ver o Museo Arcivescovile e a Capella di San Andrea. Esta última muito interessante, do Séc. V, num espaço pequeno, mas com belos mosaicos.
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(*) - Atualização: a 'Taberna Boaria' foi encerrada posteriormente a esta nossa visita à cidade.
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